terça-feira, setembro 02, 2008

Fortaleza

Fortaleza
Rui Miguel SF

Bate o vento nordeste na fortaleza
da muralha voa o pó, a poeira
a luz do céu fica incerta
e o chão da terra areia.

Logo veio a noite mais escura
e dela nunca a lua se viu
nem isso te quebrou os muros
mas, aqui nada resistiu.
Quebraram os que se pensavam fortes.
Nesta guerra
morrem aqueles que procuram a morte,
na suja terra.
Não há uma noite que se durma,
com o coração alerta
sob o frio vento norte
ninguém se acostuma.
Na dor há quem desista
quando nenhuma é a esperança e,
da muralha da fortaleza
só a poeira, só a areia.
"Não há um que seja mais forte",
sentenciou a morte.
Perderam os dois, atirados à dor.

Perdeu o amor.

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