terça-feira, abril 25, 2006

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Eu vi aquele concerto contigo. Não eramos só nós, não senhor! Mas, era eu, tu e a música que vinha lá do palco que entrava por ali a dentro, assim como tu entravas... Lembras do calor que lá fazia? Como eu lembro... E, ironicamente da tempestade que se fazia sentir na rua? Numa das músicas houve um olhar. Eu entrei e tu entraste... Dei comigo lá dentro e senti a tua admiração inocente por te encontrares dentro de mim. Naquele instante, não estavamos em lado nenhum, a não ser numa ilha - naquela ilha (lembras da nossa ilha? tu, chamavas-lhe oásis...). Eu vía o mar, sentia o vento soprar-nos, as vagas e o arrepio da tua pele em mim... senti o teu corpo num arrepio de calor.
A música continuava ligeira e intensa.
Os encores sucediam-se.

Amanhã só recordarás a tempestade.

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