domingo, novembro 06, 2005

"Nada há que não possa ser alterado"

"Nada há que não possa ser alterado."
É o que eu gosto de pensar, não o que necessariamente é. Até porque os anos passam e eu (vou-me "passando"!) aprendo que há coisas que parecem, enfadonhamente, inalteráveis. Não sei se é bom se é mau... Há coisas que ficarariam bem para sempre intocáveis... mas não ficam, e de imediato "- nada há que não possa ser alterado". E, há aquelas coisas que gostariamos de alterar, mas não há forma de o fazer (aparentemente).
Por vezes, o "jogo" reinventa regras para as quais não fui, antecipadamente informado... Ás vezes, é isso que mais me irrita. Já me disseram "- Isso irrita-te... ainda?" E é o "ainda" que me irrita, ainda, mais... Não, eu não acordo irritado! Eu sofro dessa doença a que chamam de "optimismo", como tal dizem (e eu reconheço) que sou um optimista.
No mundo, estranho, dos optimistas nem tudo é rosas... Ser-se optimista é ser-se masoquista. Um optimista tende a encontrar perfeições onde elas (já se sabe) não existem, um optimista olha sempre para a frente com um sorriso, um optimista entrega-se, um optimista acredita, um optimista arrisca, um optimista pensa que "desta, sim, desta é que é"... E, por acreditar, entregar, sorrir, um optimista (mais tarde ou mais cedo - tende a ser sempre mais cedo) é entregue à amarga tempestade da desilusão. A desilusão é como o vento que se abate nas rochas, gasta e consome lentamente...
Amanhã é um outro dia.

3 comentários:

Madame Pirulitos disse...

Amanhã logo se vê. E hoje, pode-se entrar?

Rui Miguel Ferreira disse...

Macaso,
as "portas" terão sempre abertas... e quando quiseres trazer uma sobremesa..

Rui

Rui Miguel Ferreira disse...

Zahaara,

obrigado pela tua visita.
Eu gosto de pensar que sim, que tudo pode ser alterado... mas, repito: eu gosto de pensar que sim.

Rui