Eu teria 16 anos quando comecei a ler Nietzsche. Fi-lo, à época, não pelo simples desejo de aprofundar conhecimentos, mas pela irreverência própria da idade. É óbvio que comecei pelo “Anti Cristo”. Eu não fazia a mínima ideia do que Nietzsche pretendia com o “Anti Cristo”, mas o título, na altura, era suficientemente louco, controverso e chocante para ter de ser lido. Quando comecei a sua leitura, fiquei decepcionado. Eu esperava encontrar argumentos que chocassem. Naquelas páginas eu esperava “ver” um Bosh. Procurava, tensões, um choque cultural, uma razia ao status quo. Mas não... na época só o título foi ao encontro do que eu, surrealmente, tinha imaginado. Por teimosia ou por outra razão qualquer, li o livro na totalidade.
Hoje, à distância dos anos passados, não posso dizer o porquê, mas a obra fascinou-me por completo. Depois de lê-la tinha sofrido um abalo. Importa referir que a li juntamente com outro livro de crítica que não recordo o título, mas que desconstruiu duas coisas: o surrealismo das minhas expectativas e a interpretação do mesmo. Depois desse acontecimento, fui lendo a restante obra de Nietzsche. Não posso dizer que sou um seguidor ou o que seja. Sou apenas mais um pouco.
A obra de Nietzsche teve uma importância enorme em mim. Abriu os meus horizontes, alimentou a minha curiosidade e colocou-me perto da mudança. De lá para cá percebi que há sempre um outro lado da mesma coisa, tantos quantos os olhos humanos. E que é preciso acreditar no Homem. Ficaram muitas coisas.
105 anos depois da morte de Nietzsche.
105 anos depois, tantas coisas mudaram, mas tantas ficaram, em urgência, por mudar, talvez o mais importante.
Juntamente com Marx e Freud, Nietzsche marcou uma profunda ruptura na cultura ocidental. Criticou a racionalidade e a sua filosofia deu importância ao Homem, ao seu estado de ser, à sua vida instintiva – tudo aquilo que tinha sido recalcado. Defendeu a diversidade de vontades e consciências individuais.
Mais de 100 anos depois…
Nietzsche foi, em mim, o rastilho para a mudança e a insatisfação. Depois de Nietzsche veio todo um novo mundo.
Friedrich Nietzsche 15 de Outubro 1844 – 25 de Agosto de 1900
Hoje, à distância dos anos passados, não posso dizer o porquê, mas a obra fascinou-me por completo. Depois de lê-la tinha sofrido um abalo. Importa referir que a li juntamente com outro livro de crítica que não recordo o título, mas que desconstruiu duas coisas: o surrealismo das minhas expectativas e a interpretação do mesmo. Depois desse acontecimento, fui lendo a restante obra de Nietzsche. Não posso dizer que sou um seguidor ou o que seja. Sou apenas mais um pouco.
A obra de Nietzsche teve uma importância enorme em mim. Abriu os meus horizontes, alimentou a minha curiosidade e colocou-me perto da mudança. De lá para cá percebi que há sempre um outro lado da mesma coisa, tantos quantos os olhos humanos. E que é preciso acreditar no Homem. Ficaram muitas coisas.
105 anos depois da morte de Nietzsche.
105 anos depois, tantas coisas mudaram, mas tantas ficaram, em urgência, por mudar, talvez o mais importante.
Juntamente com Marx e Freud, Nietzsche marcou uma profunda ruptura na cultura ocidental. Criticou a racionalidade e a sua filosofia deu importância ao Homem, ao seu estado de ser, à sua vida instintiva – tudo aquilo que tinha sido recalcado. Defendeu a diversidade de vontades e consciências individuais.
Mais de 100 anos depois…
Nietzsche foi, em mim, o rastilho para a mudança e a insatisfação. Depois de Nietzsche veio todo um novo mundo.
Friedrich Nietzsche 15 de Outubro 1844 – 25 de Agosto de 1900
2 comentários:
Curiosamente comecei por ler Nietzsche na mesma altura. Comecei pelo "Assim Falava Zaratustra". Confesso que me impressionou mas ainda não o li depois disso.
Estás a dar-me uma ideia...
BJ SK
nao sabia que gajos do norte tb liam. whatever
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